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“Ainda que eu ande por um vale escuro como a morte”, diz o salmista (Salmo 23.4) Doenças têm esse poder de nos fazer sentir assim, como se estivéssemos passando por um vale escuro como a morte. Nossa vida fica fragilizada. Perdemos o controle e muitas vezes o rumo, especialmente quando se trata de uma doença grave como o câncer e a depressão. Não raro, nos sentimos abandonados em nossas batalhas contra as doenças físicas e psíquicas. É difícil achar alguém que entenda a nossa dor. Queremos sair desse “vale escuro” ou tirar nossos amados dele.

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Cada vez mais a medicina reconhece que a fé é um elemento fundamental no processo de cura. Jesus já dizia para quem o buscava: “a tua fé te sarou”, “você está curado porque teve fé” (Mc 5.34, 10.52). Fé significa uma entrega e uma confiança na possibilidade de cura. Saber-se amparado por Deus traz conforto e esperança. Faz a gente perder o medo. Conforme diz o salmista: “pois tu, ó Senhor Deus, estás comigo; tu me proteges e me diriges”. Essa presença divina é sentida também na visita e nos cuidados de irmãos e irmãs na fé.

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Nem sempre uma doença pode ser curada em suas causas, mesmo com o avanço da medicina. Mas nós podemos e devemos amenizar as suas consequências, especialmente no seio da família. Acolher e respeitar a dor e a fraqueza da pessoa doente é um primeiro passo. Confortar, motivar e ajudar na busca da cura é fundamental. Senão, de que outra forma o paralítico de Cafarnaum poderia voltar a andar? Foi pela solidariedade e o empenho dos seus quatro amigos. Eles não mediram esforços e o desceram pelo teto da casa, para que pudesse estar diante de Jesus, para ouvir dele: “Levante-se, pegue a sua cama e vá para casa” (Mc 2.1-12). 

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Versículo bíblico: “Ainda que eu ande por um vale escuro como a morte, não terei medo de nada. Pois tu, ó Senhor Deus, estás comigo; tu me proteges e me diriges” (Salmo 23.4)

 

P. Luis Henrique Sievers