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MEDITAÇÕES

A Palavra de Deus é a relíquia das relíquidas, a única, na verdade, que nós, cristãos, reconhecemos e temos. (MARTIN LUTERO)

“Agora vai. Vai brincar”

Antes de mais nada, parabéns pelo Dia das Mães! As homenagens são merecidas. Não pelas mães serem perfeitas, mas pela dedicação e pelo cuidado a outro ser, mesmo sendo muito carentes das mesmas coisas. Que venham as flores para alegrar o seu dia! Mas não sem os espinhos, para lembrar que não é fácil ser mãe no dia a dia. É por isso que as rosas são adequadas para o Dia das Mães.

 

A maternidade é um exercício diário de amor pelos seus filhos. E o jeito de amar é muito influenciado pelas condições pessoais, familiares e sociais de cada mulher que está nessa aventura de ser mãe. É um caminho pedregoso, de altos e baixos, de sofrimentos profundos e alegrias inexplicáveis. Só entende isso quem é mãe!

 

Não há perfeição na relação com os filhos, mas muita entrega de si. Mesmo com os erros, vínculos vão sendo tecidos, que nenhuma distância pode separar. Pelo contrário, aumenta a consideração, o respeito e o orgulho dos filhos por terem chegado tão longe, e que mais não era possível fazer. Ah, quantos agradecimentos já foram feitos à distância sem que as próprias mães soubessem.

 

É preciso reconhecer que há muitas formas de ser mãe. As famílias se adaptam às condições de tempo e espaço, e formam diferentes constelações. No entanto, quem exerce esse papel sabe que essa personagem precisa ser bem interpretada, ou seja, de corpo e alma. O importante é que nenhuma criança fique órfã desse amor tão fundamental para a estruturação de uma vida.

 

“Como uma mãe consola o filho, eu também consolarei vocês”, diz Deus (Isaías 66.13). Não são poucas as passagens da Bíblia em que Deus usa o amor materno para falar das suas próprias ações. Inspira-se nelas, as mãe, no seu jeito de ser, para revelar e fazer compreensível a sua própria forma de agir. Nele, mães e filhos encontram uma espécie de maternidade consoladora maior do que tudo: “Eu também consolarei vocês”.

 

Deus está atento às nossas dores. Os nossos dodóis da vida não passam despercebidos. Ele corre como uma mãe aflita para nos consolar, soprar sobre nossos ferimentos e falar “não foi nada!”. Ele também sabe abraçar com um amor de enxugar qualquer lágrima e acabar com a nossa cara de choro. No final, como uma boa mãe, ele diz “agora vai. Vai brincar.”

 

P. Luis Henrique Sievers

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